O Centrinho e a APAE

APAE

Por que eu vivo procurando um motivo de viver,

Se a vida às vezes parece de mim esquecer?

Procuro em todas, mas todas não são você.

Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você..

Mas às vezes você parece me ignorar,

Sem nem ao menos me olhar,

Me machucando pra valer.

Atrás dos meus sonhos eu vou correr.

Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder..

Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?

Será que esse mundo tem jeito? Esse mundo cheio de preconceito.

Quando estou só, preso na minha solidão,

Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,

Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.

Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho.

Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor.

Para carregar junto ao peito,

E crer que esse mundo ainda tem jeito.

E como príncipe sonhador…Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.

PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos – APAE)

Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.. Excepcional é a sua sensibilidade! Ele tem 28 anos, com idade mental de 15. Se uma pessoa assim acredita tanto, porque as que se dizem normais não acreditam?

MOVIMENTO APAEANO: A MAIOR REDE DE ATENÇÃO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA

As raízes históricas e culturais do fenômeno "deficiência" sempre foram marcadas por forte rejeição, discriminação e preconceito. E, diante da ineficiência do Estado em promover políticas públicas sociais que garantam a inclusão dessas pessoas, surgem famílias empenhadas em quebrar paradigmas e buscar soluções alternativas para que seus filhos com deficiência intelectual ou múltipla alcancem condições de serem incluídos na sociedade, com garantia de direitos como qualquer outro cidadão.

Nesse contexto, surgiram as primeiras associações de familiares e amigos que se mostraram capazes de lançar um olhar mais propositivo sobre as pessoas com este tipo de deficiência. Convivendo com um Estado desapercebido das necessidades de seus integrantes, tinham a missão de educar, prestar atendimento médico, suprir suas necessidades básicas de sobrevivência e lutar por seus direitos, na perspectiva da inclusão social.

Essa mobilização teve que contar com o apoio de vários profissionais que, acreditando na luta dessas famílias, empreenderam estudos e pesquisas, buscaram informações em entidades congêneres no exterior, trocando experiências com pessoas de outras nacionalidades que também sofriam a imposição de um sistema capitalista que tendia a aniquilar as pessoas "descapacitadas".

Foi então que, no Brasil, essa mobilização social começou a prestar serviços de educação, saúde e assistência social a quem deles necessitassem, em locais que foram denominados como Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), constituindo uma rede de promoção e defesa de direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, que hoje conta com cerca de 250 mil pessoas com estes tipos de deficiência, organizadas em mais de duas mil unidades presentes em todo o território nacional.

Toda essa mobilização em torno da pessoa com deficiência, impulsionada pela Declaração dos Direitos Humanos, que culminou na criação das Apaes e, com a expansão desta iniciativa Brasil afora, convencionou-se a tratá-la como o "Movimento Apaeano".

O Movimento Apaeano

O Movimento Apaeano é uma grande rede, constituída por pais, amigos, pessoas com deficiência, voluntários, profissionais e instituições parceiras - públicas e privadas - para a promoção e defesa dos direitos de cidadania da pessoa com deficiência e a sua inclusão social.

Atualmente o Movimento congrega a Fenapaes - Federação Nacional das Apaes, 23 Federações das Apaes nos Estados e mais de duas mil Apaes distribuídas em todo o País, que propiciam atenção integral a cerca de 250.000 pessoas com deficiência. É o maior movimento social do Brasil e do mundo, na sua área de atuação.

A Fenapaes

A Fenapaes - Federação Nacional das Apaes é uma organização social sem fins lucrativos, reconhecida como de utilidade pública federal e certificada como beneficente de assistência social; de caráter cultural, assistencial e educacional, que congrega como filiadas, atualmente, mais de duas mil Apaes e outras entidades congêneres, que compõem a Rede Apae, tendo como missão institucional promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e representar o Movimento perante os organismos nacionais e internacionais, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas Apaes, na perspectiva da inclusão social de seus usuários.

A Apae

A Apae - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais nasceu em 1954, no Rio de Janeiro. Caracteriza-se por ser uma organização social, cujo objetivo principal é promover a atenção integral à pessoa com deficiência, prioritariamente aquela com deficiência intelectual e múltipla. A Rede Apae destaca-se por seu pioneirismo e capilaridade, estando presente, atualmente, em mais de 2 mil municípios em todo o território nacional.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest em 2006, a pedido da Federação Nacional das Apaes, mostrou que a Apae é conhecida por 87% dos entrevistados e tida como confiável por 93% deles. São resultados expressivos e que refletem o trabalho e as conquistas do Movimento Apaeano na luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Nesse esforço destacam-se a incorporação do Teste do Pezinho na rede pública de saúde; a prática de esportes e a inserção das linguagens artísticas como instrumentos pedagógicos na formação das pessoas com deficiência, assim como a estimulação precoce como fundamental para o seu desenvolvimento.

A Deficiência no Brasil

De acordo com o Censo IBGE 2000, o Brasil tem 24,5 milhões de pessoas com deficiência, o que equivale a 14,5% da população do País. Dessas, 48,1% foram declaradas deficientes visuais, 22,9% com deficiência motora, 16,7% com deficiência auditiva, 8,3% com deficiência mental e 4,1% com deficiência física.

Fonte: Site APAE.

O Centrinho

'Nada é mais deficiente que o preconceito

e nada mais eficiente que o amor'.

Val Marques

Um sonho, uma realização!

Na gestão do Prefeito Sr. Genésio Betiol Júnior, com o apoio da Secretária Municipal de Educação, Sra Silvana Regina Sampaio Buchala, da Diretora de Escola Sra. Adelaide Gabriel Amaral e da Professora Sra.Marilene Carmona Pereira da Silva, começou a funcionar no Núcleo II, ao lado da Cozinha Piloto, uma Sala de Aula para receber alunos com necessidades especiais.

Para um melhor atendimento e socialização dos alunos, a sala foi transferida para o Núcleo I da EMEI "Nelly Mazzante Machado", o que possibilitou inclusive, o transporte dos mesmos.

O fator que regulamentou a sala dos alunos com necessidades especiais, para o Centro de Reabilitação, foi o Censo Escolar do ano de 1997, que os incluiu na Rede Municipal de Ensino.

Em alguns casos, em se fazendo necessário, os alunos frequentavam também, a APAE de Santa Cruz do Rio Pardo e o Centro de Reabilitação, através da parceria da Secretaria Municipal de Chavantes com a APAE de Santa Cruz

Na gestão do Prefeito Wilson Bassit, a Secretária Municipal de Educação, Sra. Yara Dalio, auxiliada pela Diretora de Escola, Sra. Sivana Bagnatori Castelani, pela Vice Diretora, Sra. Joceli de Moura Gaino, possibilitaram que a Psicóloga Sra. Ana Figueiredo fizesse uma solicitação à comunidade para realizar trabalhos voluntários no Centro de Reabilitação, já carinhosamente chamado de "Centrinho".

Muitos voluntários apareceram e dentre eles a Sra. Nelly Nogueira Geraldo que abraçou a causa com todo o seu amor e dedicação.

Nelly tornou-se a responsável pelos voluntários. O Centrinho, nas palavras de Vanessa, sua filha, tornou-se uma fonte de alegria e dedicação. Fazia a lista dos materiais necessários, ajudava durante a confecção e vendia tudo o que os alunos produziam nas aulas. O dinheiro arrecadado era revertido em benefício dos próprios alunos na forma de:

.Visitas aos trailers para tomar lanches;

.Comemoração dos aniversários do mês com presentes e bolo;
.Visita ao zoológico de Bauru;

.Participação do jogo do cantor Daniel;

.Comemoração do Natal com presentes para todos;

.Distribuição de uniformes em parceria com o Lions Clube;

.Participação nos desfilis municipais e projetos desenvolvidos pela Escola.

Foram voluntários: Sr. Joaquim com aulas da marcenaria; Isa com aulas de pintura; Cleusa com aulas de artesanato, Linda e Ercília e muitos outros.
(Informações prestadas pela professora Silvana Bagnatori Castelani).

Anos mais tarde, o amado Centrinho da professora Nelly, transformou-se na bem montada, cuidada e organizada APAE de Chavantes.

A pequena semente frutificou!

Alunos no Centrinho.

Participando com as escolas.

Alunos no Centrinho.

Participando da comunidade.

Alunos no Centrinho.

APAE Chavantes

História da APAE:

A APAE de Chavantes nasceu da necessidade de atender crianças, adolescentes, jovens e adultos com Deficiências que recebiam acompanhamento no “Centrinho” – sala de aula da Rede Municipal de Ensino, e em Instituições especiais que se localizavam nos municípios da região.

Devido à dificuldade de locomoção de uma cidade a outra, causando transtornos a todos, sensibilizou um grupo de pessoas voluntárias imbuídas de boa vontade e com o apoio do poder público local, criou-se assim a abertura de uma entidade que atendesse as pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla, formada por profissionais especializados.

Assim a E.E.E. “Rosalinda Hadad” - APAE Chavantes, foi fundada em 26/11/2005. Seu caráter é filantrópico e sem fins lucrativos.

O nome “Rosalinda Haddad” foi escolhido em Assembléia em homenagem a uma menina especial com dificuldades múltiplas, cuja família teve participação na fundação da cidade.

A Instituição atende nas áreas de Assistência Social, Saúde e Educação. Atualmente estão matriculados 35 alunos e mais 16 que recebem atendimento especializado.

Diante dos dados apresentados a APAE de Chavantes, como Instituição sem fins lucrativos, busca em sua atuação promover a dignidade e inclusão social das pessoas com Deficiência Intelectual que possuem dificuldade de inserção no contexto social, construindo uma sociedade mais justa e igualitária onde todos sem discriminação de qualquer tipo de natureza, possam ter sua cidadania efetivada.Calendário Mensal - Junho:

Primeira Semana de Junho: Passeio dos alunos na Feira Agropecuária de Ourinhos - FAPI;

Do dia 15 ao dia 17/06/2012 (participação com barraca na Festa Junina Municipal);

Dia 16/06/2012 (sábado) - apresentação de quadrilha pelos alunos.Projetos e Atividades desenvolvidas:

* Artesanato: pintura em madeira, pintura em tecido, tear, bijouterias, biscuit, fuxico, reciclagem;

* Culinária: elaboração de pratos quentes, frios, doces, salgados e temperos;

* Horta: preparação, plantio e colheita de alimentos orgânicos;

* Clube de Mães;

* Fanfarra na APAE;

* Preparo e qualificação de pessoas com Deficiência Intelectual para inserção no mercado de trabalho;

Objetivo: Todos os Projetos visam a autonomia, estimulando a potencialidade e as habilidades do aluno, contribuindo para a elevação de sua autoestima e convivência social.

Conquistas

Parcerias:

- Duas casas cedidas em comodato, onde foram adaptadas para o funcionamento da APAE;

- Trabalho voluntário em parceria com a empresa Duky Energy (manutenção do prédio da APAE);

- Colaboração de empresas e comércio do município e região;

- Colaboração da população com doações e trabalhos voluntários.

Bens adquiridos:

- Perua Kombi (aquisição através de emenda parlamentar);

- Terreno (doação feita por uma família tradicional do município).

Seja um amigo da APAE:

Existem várias formas de você ser um “Amigo da APAE”:

- Através da conta bancária em nome da APAE de Chavantes, banco Santander, Agência 0559 C/C: 13000595-8;