Rio
Paranapanema
Poucos rios, surgem de grandes nascentes, mas muitos crescem recolhendo filetes de água.
O Rio Paranapanema é um
dos rios mais importantes do interior do estado de São Paulo. Ele é um
divisor natural dos territórios dos Estados de São Paulo e Paraná.
Ele é tão
importante que tem o seu próprio dia, criado pela Lei Estadual
10.488/99 (Antônio Salim Curiati), (sancionada pelo Governador
Mário Covas), designado 27 de agosto.
No
idioma e na cultura tupi-guarani, o vocábulo paranapanema
etimologicamente (parana + panema) significa "grande rio improdutivo",
pois o Paranapanema era considerado pelos autóctones (indígenas), um rio com poucos
peixes. Contudo, revelou-se produtivo na geração de energia elétrica:
concentra 5% da produção hidrelétrica nacional.
Nascentes do Rio
Fotos divulgação
Video YouTube
Parque estadual Intervalles em Capão Bonito
Uma das famosas cachoeiras
Próximo à nascente
Rio Paranapanema: Conhecendo o rio através da descrição de Paulo
Zocchi e Marcelo Maragni.
Viajando pelo Rio Paranapanema:
Viajando pelo Rio Paranapanema:
“O percurso de 930 km, que
começa em São Paulo e vai até o Paraná, guarda histórias surpreendentes e
cativantes. Ao caminhar pelas terras próximas às nascentes do rio
Paranapanema, encontra-se um mundo que quase não existe mais: a floresta úmida
e densa, com toneladas de matéria orgânica cobrindo o chão, vestígios recentes
da passagem de monos-carvoeiros, lontras, antas e cachorros-do-mato. Estamos em
meio à mata atlântica, no alto da serra do Paranapiacaba, sudeste de São Paulo,
onde é preciso andar muito para visitar os olhos d'água que dão origem ao mais
limpo dos grandes rios paulistas. "Paulista" de nascimento, mas que,
na extensão de seu curso, passa a dividir os estados de São Paulo e
Paraná.
Fomos
apresentados ao local no meio da madrugada de um sábado frio, quando nossa
equipe acordou para buscar as tais nascentes. Após quatro horas de jipe, em
viagem lenta, atrapalhada por árvores tombadas no caminho e atoleiros
gigantescos, iniciamos nossa caminhada. Foram 12 horas de marcha quase
ininterrupta, sob chuva, sem descanso. O Paranapanema nasce no interior da
fazenda Guapiara, de 2.884 hectares, propriedade da Orsa Celulose Papel e
Embalagens. É um local fechado, com mais da metade de sua área coberta por
vegetação nativa, visitada apenas por mateiros, caçadores e palmiteiros que
burlam a vigilância. Como jornalistas, tivemos um grande privilégio. Não existe
um estudo geográfico que aponte a principal nascente do rio. Guiados por Seu
Nenê, mateiro experiente, entramos na trilha íngreme para visitar duas ou três
nascentes, conforme o ritmo da excursão permitisse. No meio da manhã chegamos à
primeira delas, onde a água saía do barranco e sumia sob as pedras, para brotar
algumas dezenas de metros abaixo, formando um riacho límpido. Alcançamos a
segunda nascente ao meio-dia, quase no divisor com a bacia do rio Ribeira, e a
última no meio da tarde. Na vertente entre dois barrancos, a água brotava e
descia num riacho já encorpado. Nesse momento, porém, surgiu uma divergência
entre a tecnologia e a sabedoria do mateiro: enquanto o GPS e o mapa do IBGE
indicavam que aquele seria o olho d'água da bacia do rio das Almas, Seu Nenê
garantia que se tratava da nascente "das maiores águas" do
Paranapanema - e insistia para que descêssemos pelo leito. Como não estávamos
mesmo preparados para atravessar a noite fria na mata, deixamos para resolver a
dúvida numa próxima ocasião e voltamos ao jipe em marcha rápida, em duas horas
de caminhada no escuro.
Os três parques:
A
fazenda Guapiara é uma pequena parte de um vasto território contínuo de 120 mil
hectares de matas protegidas por lei, onde existem três parques estaduais
abertos à visitação: Carlos Botelho, Intervales e Petar. Nessa grande área
silvestre - descendo o rio por uns 20 km- fica outra enorme propriedade
particular, a fazenda Sakamoto, de 6.700 hectares. Com três horas de caminhada
nas matas da Sakamoto, pudemos conhecer um local belíssimo, onde as pedras
dividem o Paranapanema em duas cascatas que terminam num remanso ladeado por um
tapete de flores vermelhas. Pouco abaixo, vê-se a maior cachoeira hoje
existente no rio, com cerca de 20 metros de desnível entre seu início e fim. Os
caseiros, Antônio Meira e a mulher Maria Francisca, moradores mais próximos das
nascentes do Paranapanema, acolheram os visitantes com uma boa prosa, café
quente e mandioca cozida - que comemos avidamente. Mais alguns quilômetros
abaixo e o rio deixa a mata, entrando numa região de campo natural, cuja
vegetação original é o cerrado, que corresponde a uma ligeira depressão a oeste
da serra do Mar. Pode-se então dividir o curso total do Paranapanema da
seguinte forma: descida da serra; travessia dos campos; zigue-zague na
"Cuesta de Botucatu", elevação que assinala o final da depressão; e a
viagem pelo planalto, em descida suave até o rio Paraná.
Por
causa da limpeza das águas, pode-se nadar em praticamente todos os 930
quilômetros do rio Paranapanema, mesmo quando o curso atravessa cidades. Não há
grandes aglomerações urbanas em sua bacia nem pólos industriais. Sua vida,
porém, modificou-se muito nos últimos 50 anos. Fortemente encachoeirado, o
Paranapanema nunca se prestou à navegação, mas, no século 20, chamou atenção
por seu potencial energético. Hoje o rio abriga dez usinas hidrelétricas, que
transformaram em lagos grande parte do curso, submergindo quedas d'água
famosas, como Salto Grande e Saltos do Palmital. A oeste da
serra do Mar, o entorno do rio sofre os efeitos do desmatamento que atingiu
todo o interior paulista e o norte do Paraná - com exceção do Parque Estadual
do Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, e seus 36 mil hectares virgens,
último refúgio do quase extinto mico-leão-preto. No sul do parque, da torre de
observação à beira do rio, pode-se apreciar as revoadas de pássaros como
garças, biguás e macucos. De canoa, é fácil encontrar capivaras, jacarés do
papo amarelo, quatis e bugios. O parque do Morro do Diabo é cenário de uma
parceria de sucesso entre o governo paulista e os ambientalistas do Ipê
(Instituto de Pesquisas Ecológicas). Além do bem-sucedido trabalho na
preservação dos micos-leões-pretos, o órgão desenvolve outros projetos na área,
como o de "guias ecológicos", mapeando as trilhas de onças,
jaguatiricas e antas para fora do parque com colares sinalizadores.
Um pouco de
história:
Mas o Paranapanema não é só natureza. Marco importante na
história mais remota do Brasil, o rio era uma espécie de fronteira informal
entre as Américas espanhola e portuguesa no início da colonização, e por isso
abriga um rico patrimônio histórico. As matas da bacia do Alto Paranapanema
escondem ruínas arqueológicas bem conservadas da exploração do ouro no início
do século 18. Passados quase 300 anos, ainda podemos ver, por exemplo, paredes
de pedra usadas para desviar as águas no ribeirão Velho e no rio das Conchas,
os "encanados". Com essas construções, os garimpeiros secavam trechos
dos rios, facilitando a retirada do ouro. Quilômetros abaixo, na margem
esquerda do Paranapanema, estão ruínas de duas importantes missões de jesuítas
da Coroa espanhola que, juntas, chegaram a abrigar quase 20 mil índios em
1630. As missões de Santo Inácio e Nossa Senhora
do Loreto foram as principais na antiga região do Guairá, no centro, norte e
oeste do atual Estado do Paraná. Arrasadas por bandeirantes em 1632, dos quais
o mais notório foi Raposo Tavares, as missões foram esquecidas. Mesmo quem mora
perto pouca coisa sabe das missões, que estão reduzidas a pedaços de cerâmica e
telhas espalhadas pelo chão. Ao longo da bacia, quem se interessa por história pode ver muita coisa.
Em Buri e Itapetininga, cruza o rio a antiga rota dos tropeiros, aberta em 1732
para trazer gado bovino, cavalos e mulas dos territórios do Sul para Minas
Gerais, onde começava o ciclo do ouro. Em Campina do Monte Alegre encontram-se
estações e edifícios da antiga ferrovia Sorocabana, construída há cerca de cem
anos na interiorização da cafeicultura. Em Avaré e Piraju, vemos um rico
patrimônio arquitetônico, fruto da riqueza do café, com a contribuição de
mestres da época, como os arquitetos Ramos de Azevedo e Victor Dubugras. Já no
Paraná, é a catedral de Jacarezinho que abriga uma obra-prima do modernismo
brasileiro, as pinturas murais de Eugênio Sigaud. A comunhão entre a mão do homem e a natureza encontra seu ponto alto, no
Paranapanema, na ponte pênsil Alves de Lima, tombada pelo Patrimônio Histórico,
entre Ribeirão Claro e Chavantes. Inaugurada em 1920, com 80 metros de vão
livre, foi duramente atingida pelas revoluções de 1924, 1930 e 1932, mas sempre
reconstruída. Sua beleza plástica oferece mil possibilidades fotográficas,
motivo pelo qual passamos várias e várias horas, em diferentes dias, em suas
redondezas: sob as tábuas, no rio; no morro; em cima das árvores em volta; em
sobrevôo. Outra grata surpresa que reserva o Paranapanema é sua gente simples e
acolhedora, de variadas origens e trajetórias. Na parte alta da bacia, de
colonização mais antiga, encontra-se o caboclo, resultante da miscigenação
entre índios e brancos. De Santa Cruz do Rio Pardo para o oeste estão os
descendentes dos mineiros que, no século 19, tomaram o sertão ainda virgem. Com
o cultivo do café, chegaram também os imigrantes - que hoje marcam lugares como
Ourinhos (japoneses), Pedrinhas Paulista (italianos) e São José das Laranjeiras
(alemães). Desconhecido para muitos brasileiros, o rio Paranapanema vem sendo
redescoberto, a começar por seus próprios moradores. Gente como o guarda-parque
Paulo Mota e seus colegas, antigos caçadores que hoje dedicam-se a defender a
fauna e a flora. Como a arquiteta Daisy de Moraes, que resgatou a beleza da
estação de trem de Piraju, obra esquecida do arquiteto Ramos de Azevedo. Como
Laís Ramos, 12 anos, que passou a amar o rio ao aprender a navegar de caiaque
em suas águas. Ou o agricultor Irineu dos Santos, que guarda com firmeza as
ruínas de Santo Inácio, à espera de que alguém venha finalmente estudá-las a
sério. Todos moradores da região.
O mistério do nome:
Antigamente
conhecido por "Paranapane" ou "Parana pane" pelos
espanhóis, o rio também foi chamado de Pabaquario ou Paraquario. O nome atual,
Paranapanema, é a junção de "paraná", que significa "rio"
em tupi, e "panema", palavra que faz o papel de sufixo negativo, como
"imprestável" ou "sem valor". A característica negativa à
qual os indígenas se referiram? Pode ser a pouca navegabilidade, a relativa
escassez de peixes ou mesmo a malária, presente nas margens. Ainda hoje os
especialistas não chegaram a conclusão
definitiva.
A expedição de 1886: Quando
as poucas cidades da região eram vilas, e os índios ainda eram senhores do
Paranapanema, a pouco menos de 120 anos, três cientistas e 18 práticos levaram
cinco meses para fazer a primeira incursão exploratória pelo rio. Chefiada pelo
engenheiro Teodoro Sampaio, entre abril a agosto de 1886, a expedição foi
organizada pela Comissão Geográfica e Geológica da Província de São Paulo para
estudar, principalmente, as condições de navegação do rio. O relato de viagem,
os mapas e o relatório final, publicados três anos depois, formam um conjunto
notável de documentos - e até hoje impressionam pela exatidão. Nascido na
Bahia, Teodoro Sampaio era filho de um padre e de uma escrava. Criado no Rio de
Janeiro cursou faculdade e tornou-se engenheiro respeitado, um feito e tanto
para a época. Ao longo da vida, Sampaio chefiou a implantação de estradas de
ferro e a realização de obras de saneamento em São Paulo e Salvador”.
Paulo Zocchi e Marcelo Maragni (percurso que gerou o
maravilhoso livro Paranapanema – da Nascente à foz)
Fundo do rio Paranapanema em mergulho de Raul GuastiniA Foz:
Encontro dos Rios: Rio Paraná (esquerda)
Rio Paranapanema (direita). Imagem Google
O "bico" do Estado de São Paulo, no encontro
dos rios
Paraná e Paranapanema, em Rosana.Imagem Google
Fotos do site da Duke Energy
O Vídeo explica sobre o rio Doce
mas o processo é o mesmo para outros rios.
Fotos do site da Duke Energy
Estação de
Hidrobiologia e Aquicultura de Salto Grande
Nesse local, são
reproduzidos os peixes para o programa de Manejo Pesqueiro da Duke Energy, em
parceria com as Faculdades Luiz Meneghel (FALM).
O programa de
Manejo Pesqueiro da Duke Energy tem como principal foco de atuação manter o
equilíbrio do ecossistema e preservar a biodiversidade e a riqueza da fauna
aquática do rio Paranapanema. Iniciado em 2001, anualmente promove a soltura de
1,5 milhão de peixes na bacia. O programa serve como referência para outras
ações do gênero em todo o Brasil.
Como consequência
muito positiva desse trabalho, são criadas condições para o desenvolvimento das
comunidades regionais através da pesca profissional e esportiva,
conscientizando
seus habitantes quanto ao controle da poluição do rio e respeito à piracema.
As espécies de
trabalho – piracanjuba, pacu, dourado, curimbatá, piapara e piava-três-pintas –
são criadas na Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura de Salto Grande, num
promissor convênio entre a Duke Energy e as Faculdades Luiz Meneghel (FALM)
para pesquisa e desenvolvimento em aquicultura. Nesse convênio, firmado em 2007,
a instituição de ensino superior passou a administrar e operar as instalações
da Estação de Hidrobiologia e Aquicultura de Salto Grande por um período mínimo
de quatro anos. Importantes linhas de pesquisa associadas ao programa – que
preveem monitoramento genético, migratório e também a classificação das espécies
– também são realizadas em parceria com a Universidade Estadual Paulista
(UNESP) de Botucatu, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade
Estadual de Maringá (UEM).
Peixes do Paranapanema
Repovoamento do Rio
Para começar, é importante saber quais são
as espécies utilizadas no repovoamento:
• piracanjuba
• pacu
• dourado
• curimbatá
• piapara
• piava-três-pintas
Essas espécies são selecionadas porque
desempenham importantes funções ecológicas no ecossistema do rio Paranapanema,
destacando-se:
• manutenção das populações naturais;
• inter-relações presa/predador;
• exploração de hábitats e de fontes de
alimento.
Além disso, as espécies são muito atraentes
para a pesca esportiva, apresentam bom rendimento para a pesca profi ssional e
são bastante apreciadas pela culinária tradicional. O repovoamento ajuda também
a preservar a cultura da população.
Essas espécies são selecionadas porque
desempenham importantes funções ecológicas no ecossistema do rio Paranapanema,
destacando-se:
• manutenção das populações naturais;
• inter-relações presa/predador;
• exploração de hábitats e de fontes de
alimento.
O processo começa com as matrizes que a
Duke Energy mantém em cativeiro – são os peixes reprodutores. Essas matrizes
têm alta variabilidade genética, de modo a preservar a variedade de cada
espécie. Essa variabilidade aumenta a capacidade de resistência da espécie,
sendo garantida com uma constante análise dos padrões de DNA dos peixes.
Após a indução por meio de injeções contendo
hormônios sexuais nas matrizes, é estimulada a desova e fertilização das espécies.
O processo de desova é natural, em tanques circulares que imitam as condições
encontradas pelos peixes na natureza. Nesses tanques, o macho libera o sêmen que
entra em contato com as ovas das fêmeas, iniciando o ciclo de reprodução.
Depois de fecundadas, as ovas são
transferidas para tanques de incubação, até eclodirem e crescerem por cerca de
10 dias, quando completam o estágio de larva, ainda sem capacidade de nadar.
Após obter a capacidade de nadar livremente,
as larvas, agora chamadas de alevinos, passam para os tanques de alevinagem nos
quais terão tempo para se desenvolver.
Ao atingir a fase de juvenis (a fase “adolescente”),
os peixes estão prontos para soltura no rio. Todo esse período de reprodução e
crescimento deve coincidir com o da piracema, de modo que os peixes sejam soltos
no rio em iguais condições aos demais habitantes já presentes no habitat natural.
O transporte dos juvenis, da estação para o
rio, é uma etapa fundamental para o sucesso do repovoamento. Eles viajam sob efeito
de anestésico e são acondicionados em caixas com isolamento térmico e um
sistema de quebra-ondas interno que evita choques mecânicos – e diminui o
stress. Assim, a Duke Energy transporta os peixes com índice de 100% de
sobrevivência!
Antes da soltura, é feita a troca gradual
da água dos tanques de transporte, injetando água do rio. Além de eliminar o
efeito anestésico, o procedimento coloca os peixes em contato gradativo com a
composição da água onde passarão a viver. Quando se encerra esse processo, inicia-se
a soltura.
Os pontos de soltura são locais
estratégicos.
Procuram-se pontos com menores riscos
causados pela presença de predadores (inclusive o homem) e com boa disponibilidade
de abrigo e de alimentos.
mas o processo é o mesmo para outros rios.
Usinas do Rio Paranapanema
Atualmente, o Rio Paranapanema conta com onze usinas em operação, o que transformou seu curso original em uma sucessão de reservatórios justapostos. As usinas são:
1. Jurumirim;
2. Piraju;
3. Paranapanema;
4. Chavantes;
5. Ourinhos;
6. Salto Grande;
7. Canoas II;
8. Canoas I;
9. Capivara;
10. Taquaruçu e
11. Rosana
Reservatórios do Rio Paranapanema
Pesquisa realizada no site da Duke Energy)
A balsa era o meio utilizado para a travessia de
passageiros, veículos e mercadorias pelo rio Paranapanema.
A foto abaixo, possibilita uma boa análise da balsa, inclusive dos cabos que a puxavam de uma margem para outra. Um trabalho muito pesado.
Imagem publicada por Wilson Monteiro
Foto publicada por Wilson Monteiro
Embarcadouro da antiga balsa no Paranapanema, 1930. 1: José das Neves
Júnior; 2: Hermínio Socci, 3: desconhecido; 4: Ítalo Ferrari; 5: Conde
Francisco Matarazzo; 6: desconhecido; 7: Rodoíano Leonis; 8 e 9:
desconhecidos; 10: Francisco Marques; 11: Juiz de Direito; 12: Américo Saladini; 13: Jerônimo Athero. Texto e imagem de Wilson Monteiro.
Foto de Wilson Monteiro
Foto publicada por Wilson Monteiro
Ponte sobre o Rio Paranapanema
Vista aérea - 1939/1940 Foto ENFA
Biblioteca Nacional Digital
Foto do blog chooseyourtrip
Foto de Vera Marques
Foto do blog achetudoregiao
Esportes. Foto de Orlando Montenegro
Foto de Renata Rodrigues
Sítio arqueológico. Foto do blog tonyreporter
Boia cross. Foto de Orlando Montenegro
Lindo! Uma Onça no Paranapanema.
Pontes do Paranapanema
Construção de antiga Ponte de madeira
Ponte Ferroviária
Ponte do bonde de Piraju
A
ponte do bonde era também usada por pedestres, animais e outros veículos porque não havia outro modo de se cruzar o rio Paranapanema. Note os cabos de bonde suspensos (col. Gilberto Polenghi)
Ponte do Bondinho de Piraju
Datada
de abril de 1914, mostra a envergadura de aço de 109 m (358 pés) sob a
construção próxima a uma ponte de vagão. A vista
é norte do banco sul do rio . Blog Bondes de Piraju
Um
bonde se deslocando para a cidade por uma ponte de madeira perto da ponte acima
de aço. Essa ponte possui a mesma estrutura de aço como acima, suportada
por vigas de madeira.
Ponte Ferroviária - SP PR
Ponte sobre o rio Paranapanema que teria sido destruída na revolução de
30 segundo alguns historiadores. Depois foi construída uma de concreto, ainda existente,depois de Marques dos Reis e segue para Ourinhos
pela chamada estrada velha. Imagem de 1927
Ponte Ferroviária
Foto de 1930, mostra a ponte da RVPSC (Rede Viação Paraná-Santa Catarina) por
onde passavam os trens na época. Visivelmente tosca a ponte serviu dezenas de
anos na ligação entre os estados de São Paulo e do Paraná. Na época o lugar
chamava-se Melo Peixoto, ainda hoje é conhecida por esse nome.
Esta
foto, tirada nos anos 30, mostra a represa que eventualmente irá elevar o nível
da água que submergirá a ponte do bonde à distância.. (col. AM)
Aerofotos antigas - ENFA
Ponte na divisa entre Salto Grande/SP e
Cambará/PR. A ponte está abandonada e em péssimas condições. Na
Raposa Tavares e dentro da cidade de Salto Grande, existem placas dizendo o transito impedido.
Quem a construiu foi a empresa
que fez a UHE Salto Grande, mas hoje ninguém responde pela Ponte.
O
rio Paranapanema, que faz a divisa entre os Estados do Paraná e de São Paulo é
o mais importante de Jacarezinho, possuindo ilhas e inúmeros pontos de lazer.
Nele se localiza também o Iate Clube Milton Aguiar, em uma das ilhas localizada
já nas imediações da chamada "pedra criminosa" e que é utilizado
pelos seus sócios principalmente para os aficionados da
pesca.
Por ter uma largura muito grande, raramente se pôde perceber um transbordamento
em suas águas que pudesse trazer preocupações, até porque as pontes nesse
trecho ficam há mais de seis metros de altura do nível normal das águas.. No
mês de junho de 1983 (veja-se a data assinalada na foto) o rio transbordou
impedindo o trânsito de veículos na ponte que se vê à direita e até dos trens
(ponte à esquerda). Curioso observar que as águas se encontram no mesmo nível
das pontes.
Munícipes assistem a soltura de alevinos
de cima da ponte do Paranapanema
E A MAIS BELA!!!
PONTE DE CHAVANTES
PONTE PÊNSIL ALVES LIMA
PONTE DE CHAVANTES
PONTE PÊNSIL ALVES LIMA
Foto Vanessa
Criado
no início de 1949, o 1º Clube de Pesca de Chavantes foi uma
iniciativa de um grupo de amigos, amantes da pesca esportiva. Localizado à
margem direita do rio Paranapanema no município de Chavantes, foi tão bem
administrado, organizado e elaborado, que atraiu moradores de toda a região que
também construíram Clubes de Pesca em seus municípios.
Sobre o Clube de Pesca
Chavantes se orgulha de possuir
um clube de pesca que, pela sua organização e bem orientada direção, tem
despertado o interesse de todos os clubes congêneres.
Sendo um clube situado entre dois
Estados, tornou-se o centro de reuniões de duas cidades: Chavantes e Ribeirão
Claro, dispondo para esse fim, instalações confortáveis para a comodidade das
pessoas que o procuram.
Possui o clube, um rancho para
convescote, uma cozinha completa, dormitórios para os associados, garagem para
a sua frotilha de barcos, três cevas cuidadosamente preparadas para a prática
do esporte da pesca e um amplo caramanchão. Estão sendo construídos: um rancho
de 15x6 metros com acomodação para 120 pessoas; outro caramanchão e, em
projeto, um pontão flutuante para banhistas.
O sr. Amando Pinto da Silva, conservou entre os seus pertences, o livro
de atas onde está anotada toda a contabilidade do Clube de Pesca.
Veja alguns dos participantes do
clube:
Joacy Magalhães
Plinio Souza Santos
Adail Fontes Bueno
Sebastião Andrade Vieira
Vicente Bergamo
Alcino Silva
Gabriel Chequer
Osvaldo Barbosa
Sinesio A. Bueno
Lauro Alves
Pedro Degani
City Nogueira
D. S. Ferraz
José M. Ferreira
Cesar R.
Francisco Chiaroti
João P. de Castilho
Vicente de Paulo Melo
Mario B. Oliveira
José Miqueloni
Francisco C. Campos
Jair Pedro Iori
Entre muitos outros.
Festa Junina no Clube de Pesca
O Clube de Pesca de Chavantes
proporcionou em sua sede, instalada à beira do rio Paranapanema, no dia 13 de
junho de 1953, grandiosa Festa Junina. Participaram os seus associados,
familiares e convidados. Teve inicio às 19 horas com o levantamento do mastro
em louvor ao Santo Antonio e sob o espocar de fogos.
Foi servido um bem preparado
churrasco, não faltando o tradicional quentão preparado pelo sr. Major Itauby
Vieira.
O sr. Almeida Junior é o atual
Presidente do Clube, sendo seu Vice o Major Mario Itauby Vieira.
Número considerável de pessoas
compareceu à magnífica festa com a participação de elementos das cidades
vizinhas, como Ribeirão Claro.
Veja os vídeos de Paulo Araujo no endereço.
Veja os vídeos de Paulo Araujo no endereço.
https://soundcloud.com/prdearaujo-1/depois-do-carnaval?utm_source=soundcloud&utm_campaign=share&utm_medium=facebook
https://soundcloud.com/prdearaujo-1/paranapanema
18 comentários:
OOO meu Rio Paranapanema!! Umas das melhores sensações que tive foi descer o rio mergulhando bem rente ao fundo!!
oi danilo, se vc possui fotos do mergulho, empreste para o blog. suas fotos são muito boas.
Tive oportunidade de conhecer o racho de pesca na margem do Paranapanema muitos anos depois (década de 1970). O major Mário Itauby Vieira citado era meu avó. Apesar eu de não ter convivido com ele, meu pai me levou ao local para conhecer. É uma memória de infância muito legal que carrego comigo.
Sou a unica filha remanescente do Major Mario Vieira, embora com 105 anos atualmente, ainda pude apreciar a magnifica ob ra que tão bem preserva a memoria de Chavantes.Eunice da Cunha Vieira Leite.
Olá Eunice, tentei enviar email para vc mas todos voltaram. Fiquei muito feliz com as suas postagens. Parabéns por estar tão bem aos 105 anos. É um grande incentivo para todos nós. Se conhecer alguma história envolvendo seu primo, Dr. Leonel, envie que terei imenso prazer em colocar no blog, que é nosso. Um grande abraço chavantense.
lilia
Mario Vieira, que prazer enorme contar com a participação de alguém cujo avô vivenciou a história de Chavantes.
Agradeço imensamente a participação sua e de dona Eunice. Vcs podem acrescentar alguns fatos além dos que foram narrados.
Grande abraço.
lilia
suas fotos sao muito boas , voce tem fotos da ilha no municipio de euclides da cunha? ela era do meu pai e nao tenos foto alguma dela
Oi anônimo, infelizmente não tenho fotos da ilha, mas vc pode encontrá-la em busca de fotos por satélite.
Entre em contato se tiver dificuldade.
Lilia, gostaria que você me informasse quando foi inaugurada e o nome da ponte (passagem de carros, não a do trem)do Paranapanema que liga São Paulo ao Paraná. Obrigado. Antonio Roberto de Paula
Lilia, gostaria que você me informasse quando foi inaugurada e o nome da ponte (passagem de carros, não a do trem)do Paranapanema que liga São Paulo ao Paraná. Obrigado. Antonio Roberto de Paula
Antonio Roberto de Paula, são muitos os municípios que possuem ponte que fazem a ligação dos estados de SP e PR, como Chavantes, Ourinhos... De qual deles vc procura informação?
Abço
Cara Lilia,
Vc tem algo sobre a Revolução de 32 em Salto Grande? Grato.
Tenho alguma coisa. Entrarei em contato por email.
Alo Alo Lilia, olá!
Gostaria de usar uma das fotos utilizadas em seu blog. No caso, seria a 1ª foto da Ponte Pensil Alves Lima Chavantes/SP. Parece ter sido tirada por "Cal Tedde". Saberia dizer como posso o contatar. Meu telefone é (14)3342-2426 ou luizcarlosmadv@gmail.com
Muito Obrigado,
Luiz
Cara Lilia,
Conforme pode ver acima, no dia 06 de julho 2014, perguntei se tinha albo sobre a revolução de 32 na cidade de Salto Grande.
Vc respondeu que tinha alguma coisa e que me mandaria via e-mail.
COmo não recebi, reitero o pedido.
A propósito segue o meu e-mail: cesf123@yahoo.com.br
Desde já, muito grato pela atenção.
Carlos Faria
Carlos, reenviei o pouco que guardei para vc. Espero que receba. Infelizmente, as fotos não consegui localizar mais. abco
Cara Lilia, muito grato por sua atenção. Quando tiver outras fotos, favor enviar-me. Abs.
Boa tarde Sra. Lilia!
Parabéns pelo blog. Gostaria de tirar algumas dúvidas com a senhora. Teria algum e-mail?
Obrigada,
Thaís
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