Ponte Pênsil Alves Lima


Ponte Pênsil




``Se você se sente só, é porque ergueu muros

em vez de pontes´´. William Shakespeare




Foto encontrada no site de Ribeirão Claro.
Pertence ao Museu de Chavantes

PORTO E PONTE PÊNSIL DO HERMIDÃO:
Pesquisando nos antigos jornais O Município, encontrei muitas referências ao Porto e  Ponte do Hermidão.
Como já havia na época o conhecido porto que foi o lugar escolhido para a construção da Ponte Pênsil, a população a denominava de Ponte Pênsil do Hermidão.
Somente mais tarde, ficou conhecida como Ponte Pênsil de Chavantes, na realidade Ponte Pênsil Alves Lima


Artigo publicado no jornal O Município, em 09 de novembro de 1935. Arquivo do Museu Municipal.
  
PONTE PÊNSIL ALVES LIMA:
O primeiro projeto da Ponte Pênsil, que foi construída  com a supervisão do engenheiro Celso Valle, era constituída  por dois tramos de madeira em treliça Howe, dois tramos também de madeira em vigas simples e um tramo pênsil de 80m para transposição do canal.
Passou por algumas restaurações, que infelizmente não respeitaram o projeto inicial, modificando assim características da primeira Ponte Pênsil construída.

 Foto do site de Ribeirão Claro

Muitas Histórias, todas interessantes:  

1:  A Ponte Pênsil de Chavantes encontra-se em processo de restauração, executado pela empresa CBA - Companhia Brasileira de Alumínio. A restauração é uma obrigação da empresa como condicionante para licenciamento ambiental para operação da Usina de Ourinhos. A restauração tem previsão de conclusão para o segundo semestre de 2010. As obras foram iniciadas há alguns anos, após audiência realizada na Procuradoria da República de Ourinhos, com a participação de representantes das prefeituras de Chavantes e Ribeirão Claro, além da Promotoria de Justiça de Chavantes, Procuradoria da República e representantes da CBA. O processo de restauração foi suspenso no final do ano de 2008, início de 2009, em decorrência da crise econômica mundial. Agora, com a retomada das obras de restauração, espera-se a conclusão e a abertura para visitação do importante ponto turístico e histórico, de nossa região.
Localização: Estrada Municipal Chavantes-Ribeirão Claro sobre o Rio Paranapanema.
Número do Processo: 24173/85.
Resolução de Tombamento: Resolução 65 de 02/12/1985.
Publicação do Diário Oficial
2: Livro do Tombo Histórico: inscrição nº 247, p. 66, 22/01/1987
A ponte pênsil que transpõe o Rio Paranapanema foi construída pelo engenheiro Celso Valle no início deste século. Apresentava dois vãos vencidos por vigas de madeira, tipo Howe, e outros dois, por vigas simples, também de madeira. O canal, com um vão de 80 m aproximadamente, foi transposto por uma estrutura pênsil. Durante a Revolta Tenentista, em 1924, a ponte foi bastante danificada e, no ano seguinte, reconstruída sob a administração de Antônio Alves de Lima. Com a revolução de 1930, as forças legais dinamitaram as torres de sustentação da estrutura pênsil, destruindo-as e danificando o restante da estrutura. Em meados de 1934, a diretoria da Secretaria de Viação e Obras Públicas do Estado contratou a Companhia Construtora Nacional S. A. para recuperá-la.
Fonte Alarico O. de Mattos e Guilherme Lebeis

3: PONTE PÊNSIL ALVES LIMA

É a ponte que permite a ligação entre Ribeirão Claro (PR) e Chavantes (SP).  É uma das três pontes pênseis construídas no Brasil: Hercílio Luz, em Florianópolis, que tem toda a sua estrutura de ferro, a qual foi recentemente interditada para qualquer tipo de tráfego, uma vez que sua estrutura está comprometida devido à corrosão, não oferecendo nenhuma segurança. A outra, por sinal a mais antiga (inaugurada em 1914), situada em São Vicente, permitiu a ocupação e o desenvolvimento de Praia Grande e demais localidades do litoral sul de São Paulo.
Por que o nome Ponte Pênsil? Chama-se ponte pênsil aquela cujo tabuleiro é sustentado por cabos ancorados. Coincidentemente hoje as três pontes são bens tombados, visando assegurar a sua preservação. Também as três assistiram à construção de novas pontes nas suas proximidades, mais modernas, visando desafogar a grande demanda de tráfego que elas mesmas ajudaram a promover.
O Norte Pioneiro foi colonizado através de uma ocupação espontânea de levas de paulistas e mineiros, trazendo a cultura do café para o Paraná. A transposição dos rios, como o Paranapanema, representou uma dificuldade a mais, principalmente na hora de escoar a produção. Meios de transporte precários e a inexistência de estradas eram o tormento daqueles que se estabeleceram nas novas terras que, se por um lado eram dadivosas, por outro dificultavam a transferência de suas riquezas para os centros consumidores.
De início a transposição do rio Paranapanema era feita por balsa, que, além das dificuldades do transporte, não oferecia condições de segurança. Aumentando a produção cafeeira, os fazendeiros da região se movimentaram para superar as dificuldades, construindo uma estrada de ferro.
A construção de uma ponte ligando Ribeirão Claro a Chavantes ocorreu no início dos anos 20, tendo à frente Manoel Antônio Alves Lima, proprietário da fazenda Monte Claro, localizada nas proximidades e à margem esquerda da Paranapanema. Com auxílio financeiro do município de Ribeirão Claro, a ponte foi construída dentro dos planos de ligar essa cidade com a Estação Chavantes da Estrada de Ferro Sorocabana. Embora seja mais conhecida como “Ponte Pênsil de Chavantes”, sua denominação oficial é Ponte Alves Lima, em homenagem ao seu construtor.
Bastante estreita para os padrões atuais, ela representou a “salvação da lavoura” na época em que foi construída. Para comprovar a sua importância, a Prefeitura de Ribeirão Claro chegou em 1926 a dar uma ajuda de três contos de réis para a construção da estrada, no Estado de São Paulo, ligando a ponte até Chavantes.
A ponte Alves Lima foi vítima de três fatalidades. Sua importância estratégica fez com que ela fosse abatida nas duas primeiras, tendo sucumbido pela terceira vez devido às forças da natureza. Foi destruída pela primeira vez em 1924, durante a Revolução Paulista, quando as tropas do capitão Alberto Costa invadiram a cidade de Chavantes. Laura Garrido, atualmente residente em Ribeirão Claro, lembra perfeitamente do fato: “Correu notícia na cidade de que a ponte estava queimando e viemos ver. Meus pais me trouxeram. Havia muita gente. Chegamos a tempo de ver as vigas caindo na água. Eu era pequena e sentia dó de tudo que estava acontecendo com nossa ponte”. Terminado o conflito, as obras de reconstrução foram iniciadas, terminando em 1928.
Novo confronto armado destruiu, desta vez com dinamite, a “ponte da esperança”. Foi durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Tropas gaúchas ficaram aquarteladas em Ribeirão Claro, requisitando alimentos da população. Pessoas como Manoel Pereira Garrido, dono de uma padaria, armazém e posto de gasolina, chegavam à falência, pois eram obrigados a prover a manutenção dos invasores. Forçados pelos gaúchos, os revolucionários paulistas recuaram e dinamitaram a ponte para impedir a passagem dos sulistas. O governo paulista só veio a reerguê-la em 1936. A terceira tragédia aconteceu em junho de 1983, vitimada pela maior enchente de que se tem notícia na região. Mas ela foi recuperada dois anos depois.
Na realidade ela é uma ponte mista: dos seus 164 m, apenas 82,5 m formam a parte pênsil, com 4,10 m de largura e 2,88 m livres na altura, o que só permite a passagem de veículos de pequeno porte. Uma placa, gravada em letras de chumbo, ilustra bem a trajetória histórica da única ponte pênsil do Paraná: “Em 1924 e 1932 revoluções armadas destruíram esta ponte. Em 1983 uma grande enchente a destruiu. Toda vez que um mal destruir um bem ele será reconstruído, para que não morra no coração dos homens a esperança. Jovens de Chavantes, 1985.”
Para o coroamento de sua história, através da resolução n.º 65, de 2/3/85 a ponte foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

4: PATRIMÔNIO HISTÓRICO - Uma ponte três vezes destruída     
 Localizada entre os municípios de Ribeirão Claro, no Nordeste do Paraná, e a cidade paulista de Chavantes, a ponte pênsil Alves Lima faz parte do que se considera uma raridade arquitetônica. O Brasil tem apenas mais dois exemplares desse tipo de ponte, a Hercílio Luz, em Florianópolis (SC), e a de São Vicente (SP). Apesar disso, a Alves Lima não ganhou a fama merecida. A ponte, cujos cabos ancorados sustentam o que a lei da gravidade derrubaria, chegou a ser interditada em 2006 por falta de manutenção, até que uma restauração, que durou dois anos, permitirá que ela seja entregue em dez dias, desta vez somente para pedestres. Pisar nas tábuas recuperadas é uma grande chance de entender porque uma obra que desafia a engenharia foi parar no interior do Paraná e de São Paulo. A produção cafeeira ia de vento em popa no Norte do nosso estado na década de 1920, mas enfrentava uma dificuldade: escoar a safra até o porto de Santos. No meio do caminho havia um rio, o Paranapanema, vencido apenas com balsas. Agilizar o escoamento e torná-lo mais seguro era a ordem do dia, por isso o proprietário de uma das maiores fazendas cafeeiras que o Paraná teve, a Monte Claro, resolveu jun­­tar forças com as prefeituras e erguer a ponte que levou o seu nome, Manoel Antônio Alves Lima. Ela ficou pronta no início da década de 1920 e ligou a cidade de Ri­­beirão Claro à Estação Chavantes da Estrada de Ferro de Sorocaba (SP). Ficou conhecida, no período de ouro do café, como “a ponte da salvação da lavoura”. Os momentos de glória acabaram quando São Paulo teve duas importantes revoluções que, em momentos diferentes da história, levaram parte da ponte de madeira abaixo.
Em 1924, os paulistas se revoltaram para tentar obrigar o então presidente Artur Bernardes a renunciar. “Os tenentes, responsáveis pela revolta, buscaram apoio em outros estados, como o Amazonas e o Rio Grande do Sul. No primeiro dia conseguiram expulsar o governador da capital, mas não reuniram forças suficientes para resistir às tropas leais ao governo federal”, afirma o historiador da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Jozimar Paes de Almeida. Enfraquecidos, os revoltosos se refugiaram em Foz do Iguaçu. “No trajeto da fuga, uma das hipóteses é a de que eles buscaram retardar a perseguição das tropas legalistas. Por isso, depois que passaram a fronteira, queimaram a ponte [em 1924]”, explica Almeida.
Jozimar Paes de Almeida

5: O CASO:
A ponte foi reerguida em 1928, mas durou pouco. Passados quatro anos, outra revolução, a Cons­­titucionalista (1932) derrubou novamente a Alves Lima. O Pre­­sidente Getúlio Vargas decidiu extinguir o Congresso Nacional após desdobramentos da crise da bolsa de Nova York, em 1929, e no­­meou um interventor para o go­­verno de São Paulo. A oligarquia pau­­lista, capitaneada pelos cafeicultores, enfrentava uma crise econômica e pediu para o governo fe­­deral convocar uma constituinte.
Sem sucesso, eles decidiram começar uma luta armada, mas se viram atacados em várias frentes por forças que apoiavam Vargas. Em 1932, tropas gaúchas (legalistas de Vargas) se reuniram em Ribeirão Claro para atacar os paulistas. “Os revoltosos, ao saberem que os gaúchos estavam aquartelados em Ribeirão Claro, recuaram e dinamitaram a ponte Alves Lima para retardar o avanço das tropas”, diz Almeida. A ponte só foi reerguida em 1936.
Uma nova tragédia, porém, derrubou a ponte pela terceira vez. Foi em 1983, quando a região assistiu à maior enchente de que se teve notícia. A obra foi recuperada novamente dois anos depois e continuou funcionando até 2006 – no meio do caminho chegou a ser queimada em um ato de vandalismo, mas os ribeirinhos conseguiram controlar as chamas. Teve de ser interditada por causa da falta de manutenção, mas agora, com o restauro, volta a dar os ares de sua graça.
Matéria e fotos publicadas no jornal Gazeta do Povo – Professor Samuka (Samuel V. N. de Araújo).
A foto abaixo é da cerimônia de reinauguração da Ponte, após ser derrubada em 1932

 Reinauguração da Ponte. Foto encontrada no 
site de Ribeirão Claro


          Foto do Museu Municipal encontrada no site de Ribeirão Claro



                                                Foto encontrada em pesquisa na internet. Deconheço o autor.



Fotos publicadas na Gazeta do Povo.


Foto de Mario e Fabricio Lima. 
A água do rio Paranapanema quase atingindo a ponte.



          Imagem impressionante da enchente do rio Paranapanema em1983 
                                foto de José Carlos Donato.


Reinauguração da Ponte, após a inundação de 1983
Administração Leonildo Vidal
Foto do acervo pessoal de Leonildo Vidal.

                                              Fotos publicadas no jornal Debate
    
     Frase criada por Jayme Luiz Cadamuro
    Foto de José Reynaldo da Fonseca.
6: A Reforma:
Estado firma acordo para restauração da ponte de Chavantes. Convenio de recuperação foi assinado pelo governador José Serra nesta sexta-feira, 9, em Assis. Uma construção histórica que liga os Estados de São Paulo e Paraná ganhou o aval para restauração nesta sexta-feira, 9, em Assis. O governador José Serra assinou convênio para recuperação da ponte sobre o rio Paranapanema, resgatando do abandono uma obra construída em 1918 e que só encontra duas outras com arquitetura semelhante no país. A Ponte Pênsil Alves de Lima liga os municípios de Chavantes (SP) e Ribeirão Claro (PR) e é tombada como patrimônio histórico tanto pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico do Estado de São Paulo) como pela CPC (Coordenadoria do Patrimônio Cultural do Paraná). A ponte está restrita ao uso dos pedestres e requer reformas no tabuleiro de madeira, além de reparos de falhas nos elementos de concreto, troca de elementos metálicos e pintura. As obras de reparo serão feitas pela empresa CBA (Companhia Brasileira de Alumínio). Ela ganhou a obrigação como medida mitigatória imposta pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) em função da operação de uma hidrelétrica em Ourinhos. A companhia já construiu uma ponte para o trânsito de veículos nas proximidades da ponte pênsil. (Manoel Schlindwein)
7- ESTUDO DO PROCESSO DE RESTAURO DAS VIGAS TRANSVERSINAS DE MADEIRA DO TRAMO PÊNSIL DA PONTE ALVES LIMA
Daniel de Traglia Amancio (FEAT/UNIMAR)
Dr. Lívio Túlio Baraldi (Orientador – FEAT/UNIMAR)

RESUMO: “Este artigo tem por objetivo apresentar os resultados da pesquisa realizada sobre a recuperação das vigas transversinas de madeira (Itaúba – Mezilaurus sp., Lauraceae) do tramo pênsil da Ponte Alves Lima (Ponte Pênsil de Chavantes), localizada sobre o Rio Paranapanema entre os municípios de Chavantes – SP e Ribeirão Claro – PR. No início do trabalho de restauro, realizou-se uma avaliação das anomalias encontradas nas vigas transversinas, a fim de estabelecer os métodos de restauro que deveriam ser adotados. A recuperação da Ponte Alves de Lima foi baseada nos resultados de ensaios, verificações de elementos estruturais, conclusões e recomendações apresentadas pelo Relatório Técnico nº 68 114, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT. Segundo dados apresentados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo – DER/SP, é pequena a quantidade de pontes de madeira no estado se comparada ao número de pontes de concreto. Apesar da versatilidade da madeira, sua utilização, em muitos casos, não ocorre por não serem plenamente conhecidas as suas propriedades e desempenho em diferentes situações de uso.
PALAVRAS-CHAVE: viga transversina de madeira; anomalia; restauro.
INTRODUÇÃO: Considerada patrimônio histórico, a Ponte Alves de Lima foi tombada pelos estados de São Paulo (processo de tombamento n.º 24173/85 - CONDEPHAAT) e Paraná (processo de tombamento n.º 05/2000 – CEPHA) por representar um dos pouco marcos históricos da Revolução de 1930 e também por historicizar a capacidade técnica da engenharia brasileira no início do século XX.
O sistema estrutural da construção de Ponte Pênsil é pouco difundido no Brasil, segundo o DER há apenas quatro pontes Pênseis implantadas por todo o território brasileiro. Além disso, é a única ponte pênsil com laterais e pisos de madeira. Desta forma, realizar um estudo do processo de restauro dos elementos de madeira que a compõem, no caso as vigas transversinas, forneceria informações para o desenvolvimento de novos projetos e técnicas de restauro de estruturas de madeira, bem como pesquisas científicas existentes na área. O processo de restauro das vigas transversinas de madeira, que encontravam-se em péssimo estado de conservação devido à presença de cupins-arborícolas e a falta de manutenção, obedeceu aos critérios recomendados pela Carta de Veneza, documento elaborado pelo Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauração dos Bens Culturais. Tal documento prima pela mínima intervenção, fazendo uso de materiais compatíveis na hipótese de extrema necessidade de substituição, sendo que os elementos utilizados na reposição de peças faltantes ou danificadas (parcialmente ou plenamente) devem interagir-se de forma precisa ao conjunto, diferenciando-se dos elementos originais, de tal forma que o restauro realizado não falsifique o patrimônio histórico.
METODOLOGIA: Os métodos empregados neste trabalho são oriundos de dois tipos de pesquisa: a bibliográfica e a descritiva. No caso da pesquisa bibliográfica, foi desenvolvido um estudo das teorias sobre madeira (definição, resistência, rigidez e influência da espécie), construção de pontes de madeira (estrutura e viabilidade) e processo de restauro (normas a serem seguidas e procedimentos para intervenções). 
 No que diz respeito ao estudo de madeira, as bases teóricas usadas são as seguintes: Anatomia da madeira, de Luzia Maria Burger e Hans Georg Richter; Qualificação de produtos de madeira para a construção civil, de Geraldo José Zenid; Ficha de características das madeiras brasileiras, de Calvino Mainieri e João Peres Chimelo; Madeira: uso sustentável na construção civil, obra elaborada pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas em conjunto com o SindusCon/SP – Sindicato da Industria da Construção Civil do Estado de São Paulo e a Secretária do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo; e Preservação da madeira, da ABIMCI – Associação Brasileira da Industria da Madeira Processada Mecanicamente.
Com relação ao embasamento teórico sobre construção de pontes de madeira, foi necessário a leitura das obras: Dimensionamento de elementos  estruturais de madeira, de Carlito Calil Junior, Francisco Antônio Rocco Lahr e Antônio Alves Dias; Manual de projetos e construção de pontes de madeira, do LaMEM – Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira da Escola de Engenharia de São Carlos – Universidade de São Paulo; NBR:7190 – Projeto de estrutura de madeira, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas; NBR:7188 – Cargas móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas; e Timber Bridges: Design, Construction, Inspection and Maintenance, de Michael Ritter; e Manual de projeto de obras-de-arte especiais, do DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem.
Para a pesquisa descritiva, utilizou-se como principal instrumento a coleta de dados, em específico a observação através do acompanhamento diário do processo de restauro das vigas transversinas de madeira (Itaúba – Mezilaurus sp., Lauraceae) do tramo pênsil da Ponte Alves de Lima, através de relatórios fotográficos e diário de obra. O referencial teórico para esse momento do trabalho foi composto das seguintes obras: Relatório Técnico nº 68114 – Apoio tecnológico para recuperação da ponte Alves de Lima, do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas; Pontes brasileiras, de Augusto Carlos de Vasconcelos; Carta de Veneza, documento elaborado pelo Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauração dos Bens Culturais; Aspectos críticos em obras de restauração arquitetônica no estado: a experiência do arquiteto Edegar Bittencourt da Luz, de Débora Regina Magalhães da Costa; Teoria da restauração, Cesare Brandi; Manual de elaboração de projetos de preservação do patrimônio cultural, do Ministério da Cultura do Brasil; e Resistência ao intemperismo artificial de cinco madeiras tropicais e de dois produtos de acabamento, de autoria de Janine Oliveira e Silva, Tereza Cristina Monteiro Pastore e Floriano Pastore Júnior.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1. Histórico e descrição da Ponte: 
A construção da ponte Alves Lima, ligando Ribeirão Claro – PR a Chavantes – SP, ocorreu no inicio dos anos 20, em especifico no ano de 1918, tendo como principal idealizador o proprietário da fazenda Monte Carlo, Manoel Antonio Alves Lima, localizada nas proximidades do rio Paranapanema. O fazendeiro Alves Lima também era proprietário da firma “Alves Lima e Cia”, dedicada ao comércio e exportação de café. Ciente da necessidade de expansão de suas propriedades, Alves Lima encomendou estudos sobre a construção de uma ponte que facilitasse a travessia do rio Paranapanema. Devido a razões econômicas e às características locais, optou-se por construir uma ponte metade pênsil e metade fixa, com tecnologia inglesa. Contando com a preciosa ajuda financeira do município de Ribeirão Claro, o intuito era favorecer uma ligação entre a Estação Chavantes da Estrada de Ferro Sorocabana com a cidade de Ribeirão Claro. A ponte Alves Lima foi construída, segundo Vasconcelos (1993, p.48), pelo engenheiro Celso Valle e inaugurada no dia 04 de dezembro de 1920. Ela apresentava dois vãos vencidos por treliças de madeira tipo Howe, outros dois vencidos por vigas simples, também de madeira e, finalmente, o canal, com vão que media aproximadamente 80m, transposto por uma estrutura pênsil.  “A construção da ponte foi iniciada em 12/11/1918 e inaugurada em 04/12/1920, sendo que, originalmente, era composta por dois tramos em treliças de madeira tipo “Howe”, dois tramos com vigas de madeira simples e um tramo pênsil, também de madeira.” (IPT – RT 68114,  2004,  p. 3/12)
Contando com uma extensão de 164m, sendo 82,5m no setor pênsil e 81,5m no setor não pênsil, com largura total de 4,10m e 2,88m de vão livre, está apoiada por seis pilares de concreto, suspensa e mantida por 14 cabos de aço apoiados em duas torres de concreto armado, com 18m de altura. Os cabos são ancorados diretamente na rocha do lado do Paraná, e do lado de São Paulo descem da torre até o rio, onde a rocha aflora, com grande inclinação (38,5º), em poços furados na própria rocha com proteção até o nível da enchente máxima por maciço de concreto ciclópico, que também serve de ancoragem (amarração) dos cabos horizontais de contraventamento do estrado.
Cabos de contraventamento parabólicos foram amarrados a um poste de concreto armado, construído em poço aberto no chão. A inclinação dos cabos é de 15º e os mesmos penetram em poço aberto na rocha. Estes passam por baixo do estrado e em cavaletes horizontais de concreto armado.
2. Processo de restauro das vigas transversinas de madeira do tramo pênsil da ponte Alves Lima.
O tramo pensil da ponte possui 38 vigas transversinas, compostas por duas peças de madeira da espécie Itaúba – Mezilaurus sp., Lauraceae, nas seguintes dimensões:


Dimensões da peças da viga transversina do tramo pênsil:
Superior: Largura 250mm/ Espessura 240mm/ Comprimento 6300mm.                  
Inferior: Largura 250mm/ Espessura 240mm/ Comprimento 6300mm.      
2.1 Anomalias observadas
As anomalias observadas nas vigas transversinas de madeira durante as inspeções iniciais do processo de restauro foram as seguinte:
·   Diversas peças superiores das vigas fletidas nas extremidades;
·   Diversas peças com ruptura por cisalhamento entre as placas metálicas;
·  Algumas peças com fissuras devidas provavelmente à compressão e com rachadura   ao longo  da medula;
·   Rachaduras nas extremidades por secagem ou tensões internas;
·   Deterioração por fungos apodrecedores;
·   Deterioração por cupim de solo.
2.2 Ações de restauro
Durante o processo de restauro das vigas transversinas de madeira, foram realizados os seguintes procedimentos de recuperação:
  • Determinação visual e mecânica dos locais a serem recuperados, peça por peça;
  • Retirada dos locais com apodrecimento superficial das peças;
  • Içamento das peças de madeira que compõe a viga transversina;
  • Retirada e recuperação dos tarugos metálicos;
  • Limpeza das superfícies de contato entre as peça superior e inferior da viga transversina;
  • Colagem das peças de madeira;
  • Colmatação das trincas, utilizando massa epóxi;
  • Substituição de trechos apodrecidos por novas peças de madeira;
  • Lixamento da superfície para alcançar a planicidade da peça de madeira
  • Reforço superficial, com massa epóxi, do local nas vigas transversinas onde se apóiam as treliças de rigidez da ponte;
  • Aplicação de inseticida.
2.2.1 Imagens do processo de restauro das vigas transversinas de madeira:




CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Considerando as informações apresentadas ao longo do artigo, conclui-se que as anomalias observadas nas vigas transversinas de madeira do tramo pênsil da Ponte Alves Lima consistiam em: vigas fletidas nas extremidades, peças com ruptura por cisalhamento entre as placas metálicas, peças com fissuras resultantes provavelmente de compressão e com rachadura ao longo da medula, rachaduras nas extremidades por secagem ou tensões internas e deterioração por fungos apodrecedores e cupim-de-solo. Tais anomalias foram causadas por diversos fatores, dentre os quais os principais são: transito de veículos com sobrecarga excessiva, intempéries do local (como é o caso da alta umidade do ambiente devido á presença do rio), incidência de insetos xilófagos (cupins e fungos) na região e, principalmente, falta de manutenções periódicas previstas para qualquer estrutura de madeira.  
Essas anomalias observadas nas vigas transversinas de madeira comprometiam a segurança do tráfego de veículos e pedestres, devido principalmente à existência de elementos rompidos ou excessivamente deteriorados. 
De maneira geral, todas as vigas transversinas de madeira do tramo pênsil da Ponte Alves Lima precisaram passar pelo processo de restauro. Sendo assim, após determinação visual e mecânica dos locais a serem recuperados, peça por peça, iniciou-se o restauro. Primeiramente ocorreu a retirada das peças com apodrecimento superficial, seguida do içamento das peças de madeira que compõe a viga transversina e a retirada e recuperação dos tarugos metálicos. Depois foi o momento da limpeza das superfícies de contato entre as peças superiores e inferiores da viga transversina.
Todas as peças de madeira foram coladas para aumentar a resistência da viga ao cisalhamento, sendo que as trincas passaram por um processo de colmatação, utilizando massa epóxi a fim de impedir a absorção de água e entrada de insetos. Já as peças que estavam em um estágio avançado de apodrecimento, optou-se pela troca dos locais apodrecidos por novas peças de madeira. Em seguida, realizou-se o lixamento da superfície para alcançar a planicidade das peças.
Por fim, foi aplicada uma camada de massa epóxi nas vigas transversinas onde se apóiam as treliças de rigidez da ponte, seguida pela aplicação de inseticida para combater e prevenir os insetos xilófagos (cupins e fungos) da região.
Finalizando, é importante dizer que todo o processo de restauro da Ponte Pênsil Alves Lima obedeceu aos critérios recomendados pela Carta de Veneza, documento elaborado pelo Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauração dos Bens Culturais, o que fez com que todas as medidas adotadas durante as ações de restauro primassem pela mínima intervenção”.
A Entrega:Prevista para ser concluída em março do próximo ano, a obra vai recuperar o pavimento da ponte, construído em madeira de lei, e os cabos de aço que sustentam uma estrutura de mais de 50 toneladas de ferro e concreto. Segundo o projeto, a passagem ficará com a mesma aparência da época de sua inauguração. Depois de pronta a ponte será utilizada apenas por pedestres.
“Foi realizado um minucioso mapeamento de toda a estrutura para que a restauração seja a mais fiel possível”, explica o gerente de Meio Ambiente da Companhia, Luis Alexandre Campos. De acordo com ele, o projeto também prevê a construção de uma ampla área de lazer próxima à estrutura para atender aos turistas. (publicado na Gazeta do Povo)

                                                        Foto publicada no jornal Debate  
8: A Ponte está restaurada
 
                                               Foto de Danilo Dolci

9: Projeto de Iluminação de Ponte Pênsil Alves Lima:

                                  Imagem do site da Prefeitura de Ribeirão Claro

Os prefeitos, Geraldo Maurício Araújo (de Ribeirão Claro) e Ana Alonso (de Chavantes) enviaram aos Governadores de seus respectivos estados, uma proposta de iluminação da Ponte Pênsil Alves Lima. A idéia é captar recursos dos dois estados, em um esforço conjunto para transformar a ponte em um dos atrativos turísticos dos municípios. A união dos dois estados ligados pela ponte, deve se estender a outros aspectos como segurança e manutenção do local. A construção de um memorial usando a madeira retirada da ponte é outra proposta para fortalecer o turismo. O local funcionaria como uma espécie de museu com fotos, utensílios e objetos que fizeram parte da história da ponte construída em 1919 e destruída na Revolução Paulista de 1924, na Revolução Constitucionalista de 1932 e novamente em 1983 na maior enchente registrada na região. Um camping localizado a poucos metros da ponte e a revitalização da rodovia PR 151, no trecho entre Ribeirão Claro e Chavantes completarão as novas opções oferecidas a turistas e visitantes. A estrada receberá um novo projeto paisagístico e sinalização com informações turísticas e painéis confeccionados por artistas. Um posto da Polícia Rodoviária Estadual já foi solicitado e será responsável por fiscalizar o tráfego na rodovia. (Texto de Diógenes Gonçalves publicado no jornal Meu Paraná).
AS DUAS PONTES.        
                                      Ligação entre Chavantes (SP) e Ribeirão Claro (PR) -                                                                           foto do site da Prefeitura Municipal de Chavantes                  
 
As Revoltas que danificaram e destruiram a Ponte:
 
1: Revolta Tenentista de 1924:
A Ponte Pênsil foi destruída pela primeira vez em 1924, durante a Revolução Paulista, quando as tropas do capitão Alberto Costa invadiram a cidade de Chavantes. Laura Garrido, atualmente residente em Ribeirão Claro, lembra perfeitamente do fato: “Correu notícia na cidade de que a ponte estava queimando e viemos ver. Meus pais me trouxeram. Havia muita gente. Chegamos a tempo de ver as vigas caindo na água. Eu era pequena e sentia dó de tudo que estava acontecendo com nossa ponte”. Terminado o conflito, as obras de reconstrução foram iniciadas, terminando em 1928. (Fonte: http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br)

Isidoro Dias Lopes: um dos líderes do levante tenentista que tomou conta de São Paulo

No dia 5 de julho de 1924, tropas de São Paulo tentaram promover um movimento de caráter nacional que deveria tomar conta de outras importantes cidades do país. Entretanto, a rebelião liderada por Isidoro Dias Lopes conseguiu acender outros focos somente em Mato Grosso, Amazonas, Pará, Sergipe e Rio Grande do Sul. No estado paulista, a ação tenentista conseguiu tomar pontos estratégicos da capital e atacar o Palácio dos Campos Elíseos, sede do governo estadual.
O vigor dos ataques militares obrigou Carlos de Campos, presidente do Estado, a fugir de São Paulo. A capital se transformou em um verdadeiro palco de guerra, forçando cerca de 300 mil pessoas a saírem refugiadas. A violência dos bombardeios deixou várias partes da cidade destruída e a ausência do presidente estadual transformou o Palácio do Governo em um foco de resistência tenentista. Entretanto, a falta de apelo popular enfraqueceu o movimento.
Em 10 de julho de 1924, os revoltosos divulgaram um manifesto que exigia a imediata deposição do presidente Artur Bernardes e um conjunto de reformas políticas. De fato, os tenentistas não tinham um projeto de poder claramente definido. Suas críticas giravam em torno da corrupção eleitoral que assolava o país, na instauração do voto secreto e a reforma das instituições de ensino. Sem articular um projeto para as maiorias, defendiam a reintrodução dos militares na vida política nacional.
Não resistindo à superioridade bélica das forças fiéis ao governo federal, os tenentes paulistas decidiriam deslocar o movimento para outra localidade. No dia 27 de julho de 1924, os militares paulistas romperam o cerco dos exércitos situacionistas, alcançando a região norte do Paraná, na fronteira entre o Paraguai e a Argentina. Depois de conquistarem algumas cidades paranaenses e catarinenses, esses militares decidiram se unir aos militares da Coluna Gaúcha liderada por Luís Carlos Prestes.

2: A revolução Constitucionalista de 1932: Novo confronto armado destruiu, desta vez com dinamite, a “Ponte da Esperança”. Foi durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Tropas gaúchas ficaram aquarteladas em Ribeirão Claro, requisitando alimentos da população. Pessoas como Manoel Pereira Garrido, dono de uma padaria, armazém e posto de gasolina, chegavam à falência, pois eram obrigados a prover a manutenção dos invasores. Forçados pelos gaúchos, os revolucionários paulistas recuaram e dinamitaram a ponte para impedir a passagem dos sulistas. O governo paulista só veio a reerguê-la em 1936. (Fonte: http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br)
  


A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente Washington Luís, que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924, colocando fim à República Velha.
Atualmente, o dia 9 de julho que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil. No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo o último dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos, sendo que inúmeras cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.
O Brasil, dois anos após a Revolução de 1932, teve uma nova constituição promulgada, a Constituição de 1934.
 
Foto do site da Revolução de 1932

Pedra da revolução - Gravada a baioneta - Chavantes SP:  Nesta pedra, um soldado escreveu com a sua baioneta, durante os combates da Revolução de 1932. Era um ponto estratégico, pois a Ponte Pênsil havia sido derrubada e o rio Paranapanema era estreito e raso. Hoje, no local, existe a Represa Hidrelétrica de Chavantes, (Duke Energy).
Este local ficou conhecido como PEDRA DA REVOLUÇÃO.

Inscrição reproduzida em madeira do original feito por um soldado em 1932. Foto Kelly Sato


Foto de José Carlos Alves de Sousa



 A Enchente que destruiu a Ponte:  1983: Muita chuva no estado de SP

O ano de 1983 teve grande precipitação pluviométrica em boa parte do centro sul do país, pois ocorria o fenômeno El Niño. (El Niño é o nome dado a um fenômeno climático que acontece em decorrência da elevação anormal da temperatura das águas do oceano Pacífico, que provoca significativas mudanças no clima mundial. Quando ocorre, inicia-se nos meses de setembro ou outubro; por volta do mês de dezembro a costa do Peru recebe as águas aquecidas. Esse acontecimento climático resulta em alterações no clima, como, por exemplo, no regime das chuvas em diversos pontos do planeta. Apesar de se conhecer suas consequências, ainda sabe-se muito pouco acerca de sua origem e causas. Atualmente, há muitas teorias que tentam explicar o surgimento do fenômeno, mas sem nenhuma comprovação contundente.)
Enquanto isto, no Nordeste a seca foi uma das piores da história, com 89% dos municípios decretando estado de emergência.
No centro sul do Brasil o volume de chuvas foi o mais alto já registrado. Em SC a cidade de Blumenau sofreu com as enchentes que deixaram 50 000 desabrigados e 38 000 casas atingidas.    No estado de SP as enchentes no Vale do Ribeira, rio Paraná, rio Paranapanema e outros, deixaram segundo a defesa civil 32 mortos, 86 cidades afetadas e 65 500 desabrigados. No litoral de SP nesse ano de 1983 a cidade de Ubatuba teve 203 dias chuvosos, Santos 191, Cananéia 235, e Iguape 222.
Veja o índice pluviométrico em nossa região:
Bauru
maio 284,4mm

junho 166,4mm
Ourinhos
maio 248,4mm

Jun 221,1mm


Uma fantástica seleção de imagens mostrando como ficou a Ponte
Alves Lima, quando as águas começaram a voltar ao leito  normal
do Rio Paranapanema






 Acervo de Dirceu Davanzo








Fotos de Ricardo Artale



 Foto de Stefano M. teles


Um triste período - estado lastimável.

 Foto publicada no jornal Debate

 Foto de José Reynaldo

Foto publicada no jornal Debate

Antes da reforma:

 Fotos do arquivo pessoal de José Carlos Donato


 Fotos do arquivo pessoal de José Carlos Donato


 Fotos do arquivo pessoal de José Carlos Donato


Fotos do arquivo pessoal de José Carlos Donato


 Fotos do arquivo pessoal de José Carlos Donato


Fotos do arquivo pessoal de José Carlos Donato

 Grafite de José Carlos Alves de Souza

Reformada:

 Foto do acervo de Marcelo Rossi

 Foto de Antonio Piccoli

 Foto divulgação - superinformado

Foto de Fábio Vasconcelos

Foto de Danilo Dolci

 Foto Ricardo Artale

Foto de José Carlos Donato

Nossa ponte e a homenagem de
dois chavantenses.



Veja os vídeos de Paulo Araujo no endereço.
https://soundcloud.com/prdearaujo-1/depois-do-carnaval?utm_source=soundcloud&utm_campaign=share&utm_medium=facebook

https://soundcloud.com/prdearaujo-1/paranapanema




EM CONSTRUÇÃO
                                                         

                                                            

      

16 comentários:

Unknown disse...

maravilhoso seu trabalho dona Lilia!
Parabéns!!!!

Lilia disse...

Obrigada, Márcia. E ainda tenho muito para postar. bjo

Anônimo disse...

muito lindo seu trabalho, adoramos e amamos que emocionante

Unknown disse...

GOSTEI MUITO. ACHEI MUITO LEGAL ,PARABÉNS PELO TRABALHO.
G.Biscaim, Isabela C. e MATHEUS LOPES

Unknown disse...

Gostei muito , achei muito legal. Parabéns pelo trabalho.
G.Biscaim , Isabela C. e Matheus Lopes .

Anônimo disse...

Muito Obrigado pela fonte de pesquisa!!!

Anônimo disse...

parabéns pelo seu incrível trabalho, nos ajudou muito com nossa pesquisa, estou inteiramente grato pelo material que tive acesso para meu trabalho

Lilia disse...

Muito obrigada pelo incentivo. Volte sempre pois ainda tenho material para postar.

Lilia disse...

Obrigada pelo incentivo, G.Biscaim, Isabela C. e MATHEUS LOPES. Voltem sempre.

lucas bertolini disse...

parabens pelo trabalho, precisamos de mais pessoas interessadas pelo nosso passado que é tao rico no sul de sao paulo e norte pioneiro do meu querido parana!!

Lilia disse...

Obrigada, Lucas Bertolini. Vc ainda encontrará futuras postagens em que falarei sobre o norte pioneiro .

Anônimo disse...

Trabalho fantastico a recuperação é com satisfação que acompanhei os trabalhos de restauro como funcionario do IPT
Rogério Bastos

Lilia disse...

Oi Rogério, obrigada por suas palavras. Volte sempre.

Unknown disse...

Excelente trabalho.

Lilia disse...

Obrigada, Adenilton. Volte sempre.

Vanderlei disse...

Não tem fotos da ponte do estreito